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Comércio Exterior do Agronegócio: Desempenho e Oportunidades para o Brasil

O comércio exterior do agronegócio brasileiro apresentou alguns desafios em abril de 2023, com uma pequena queda de 1,0% nas exportações em comparação com o mesmo mês do ano anterior.…

Agronegócio & Mercado

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O comércio exterior do agronegócio brasileiro apresentou alguns desafios em abril de 2023, com uma pequena queda de 1,0% nas exportações em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No entanto, as importações tiveram uma queda mais acentuada, de 7,6%, refletindo uma tendência geral nos demais setores da economia. Apesar desses desafios, o agronegócio conseguiu manter um superávit comercial de US$13,48 bilhões, compensando o déficit dos demais setores. 

Em relação aos produtos exportados, algumas commodities se destacaram com altas significativas em termos de valor. 

 

A soja em grãos registrou um aumento de 10,6% nas exportações, atingindo um total de US$7,75 bilhões em abril de 2023. O trigo também teve um desempenho positivo, com um crescimento de 61,9% no valor exportado, impulsionado pela produção recorde no Brasil e pela menor disponibilidade na Argentina. A carne suína teve um aumento de 30,5% nas exportações, impulsionado pela expansão das importações chinesas. Já a orizicultura apresentou um crescimento expressivo de 157,6%, impulsionado pela demanda asiática.

 

Por outro lado, alguns produtos tiveram quedas nas exportações. O algodão, o óleo de soja, a carne bovina, o milho e os produtos florestais registraram reduções no valor exportado em comparação com abril de 2022. Essas quedas foram influenciadas por diversos fatores, como a demanda internacional enfraquecida, a expansão da produção de outros países e os preços internacionais em trajetória de baixa.

 

Em relação às importações do agronegócio, o trigo, os pescados, os lácteos e os produtos hortícolas foram os principais itens importados. O trigo registrou um aumento no valor médio de importação, refletindo a necessidade de suprir a demanda interna e a produção nacional recorde. 

 

Os lácteos tiveram um aumento expressivo de 224,2% no valor importado, impulsionado pela entressafra brasileira, cotações domésticas elevadas e valorização cambial. Já os pescados tiveram uma queda de 3,7% nas importações, mas o valor médio de importação apresentou uma valorização de 12,1%.

 

Apesar dos desafios enfrentados em abril, as perspectivas para o agronegócio brasileiro são positivas. A expectativa é de que as exportações de soja em grãos continuem impulsionando o mercado nos próximos meses. 

 

No entanto, espera-se uma queda nas exportações de milho devido ao aumento dos embarques de soja, que ocupam parte da capacidade dos portos. Além disso, a queda na exportação de carne bovina para a China deve ser revertida nos próximos meses, voltando a um patamar de normalidade.

 

No geral, mesmo com os desafios enfrentados, o agronegócio brasileiro conseguiu manter um saldo comercial positivo e deve continuar desempenhando um papel fundamental na economia do país. A diversidade e qualidade dos produtos exportados, aliados à busca por práticas sustentáveis e inovação, têm contribuído para a solidez e competitividade do setor.